terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bolo de brigadeiro:


Para comemorar o aniversário de meu marido fiz mais um bolinho... E, a pedidos, fiz um bolo de chocolate com recheio de brigadeiro e cobertura de ganach de chocolate amargo...

A receita do bolo foi um repeteco desta aqui, entretanto fiz algumas alterações:

* Usei 50g de achocolatado em pó, e aproximadamente uma colher de sopa de cacau em pó, para o bolo não ficar tão amargo quanto na última tentativa....

* Ao invés de utilizar creme de leite usei Nata para Bater, pois costumo assistir muito os programas da Nigella (da onde esta receita surgiu) e noto que ela costuma utilizar muito 'buttermilk' que na legenda vem como 'creme de leite' mas a aparência do negocio é bem diferente do que o creme de leite de caixinha... primeiro porque é líquido, fluído, depois porque normalmente esta acondicionado na geladeira... Então achei que a substituição seria interessante... A quantidade também foi ligeiramente alterada, para 200ml, e esse foi somente para não jogar fora o restinho que iria sobrar na garrafinha...

* Como meu açúcar mascado havia acabado resolvi substituir a quantidade por açúcar normal...


Bom tenho um pequeno probleminha na minha cozinha: não tenho uma balança!!! E isso, ou as alterações acima me renderam alguns problemões...

- A massa demorou cerca de 3 horas para assar!!! o.Õ

- O bolo ficou meio caramelizado...

- E meu forno ficou uma meleca só, pois como a forma era de fundo removível, por baixo vazou uma espécie de calda amanteigada... uma loucura...


Mas apesar de todos estes imprevistos o bolo ficou bem gostoso... Recheei com brigadeiro bem mole e sem manteiga (pois o bolo já estava amanteigado o suficiente). E cobri com uma receita de ganach de chocolate meio amargo. Queria experimentar meus bicos de confeitar, e aí sim fiz uma bagunça tremenda...

Acabei com chocolate até pelas paredes... pois a inexperiente no assunto tentou ( e até que, com muito esforço, conseguiu) usar para a decoração o ganach ainda quente, e este estava muito mole, vazando da manga de confeitar.... uma meleca só...

Mas no final o resultado até que não foi mal, e o que importa é o processo de aprendizagem! Então já sabem, não vão fazer a mesma meleca que eu fiz, e quando forem usar o bico de confeitar com ganach não o faça com ele quente!!! Deixa ele esfriar um pouco, tomar uma consistência mais firme e aí sim colocar mãos a obra! ;)


Receitas:

Brigadeiro

- 1 lata de leite condensado

- 3 colheres de sopa de achocolatado em pó

- 1 colher de sopa de cacau em pó

Em uma panela de fundo grosso coloque o leite condensado, o achocolatado e o cacau em pó, mecha bem até obter uma mistura homogénea e leve ao fogo. Deixe a mistura levantar fervura sem parar de mexer. após a mistura levantar fervura ela vai começar a ficar mais espessa, como no caso queria um ponto bem mole desliguei o fogo logo em seguida.

Ganach de Chocolate Amargo

- 200g de chocolate 75% cacau
- 200g de creme de leite
- 50g de Nutella
- 2 colheres de sopa de Vinho do Porto (que pode ser substituído por qualquer outra bebida licorosa ou destilada)
Derreta o chocolate em banho maria ou no microondas em potencia média. Com o auxilio de um fouet misture o creme de leite ao chocolate é obter uma mistura homogénea. Acrescente a Nutella e continue misturando, em seguida acrescente o Vinho do Porto e misture até que seja incorporado ao ganach.


Montagem:

Após o bolo já ter esfriado desenforme-o. Limpe a forma que utilizou e seque-a bem, ou então utiliza outra forma de mesmo tamanho (melhor que seja com fundo removível).
Faça um corte no bolo ao meio dividindo-o em dois discos. Coloque o disco superior novamente na forma com a parte mais lisa voltada para baixo. Nesta etapa, fura-se a superfície com um garfo e depois rega-se com um pouco de Guaraná bem gelado (não fiz isso porque meu bolo já esta MUITO húmido). Acrescenta-se o brigadeiro mole espalhando-o bem. Coloca-se o outro disco de massa por cima do recheio e repita o mesmo processo de fura-lo e rega-lo. Leve ao congelador por 20min. O fato de montá-lo na própria forma irá ajudar para que ele não desmorone ou quebre e caso isso aconteça o brigadeiro irá funcionar como 'cola' para as partes quebradas.
Depois de passado o tempo no congelador (tempo preciso para fazer o ganach)  retire o bolo, e desenforme-o já no prato em que irá servi-lo. Derrame metade do ganach sobre o bolo e com o auxílio de uma espátula cubra toda a superfície tentando deixa-la bem lisa. Deixe o restante do ganach endurecer um pouco mais. Coloque-o dentro de uma manga de confeitar com o bico pitanga e faça na base do bolo e no perímetro do bolo um barrado, deixando a manga de confeitar com uma inclinação aproximada de 45º e pressionando-a levemente para que o ganach vá saindo. Desta forma se deixa o pulso firme e vai movimentando o braço para ir formando o desenho que consiste no movimento de: aperta um pouco a manga de confeitar para fazer um 'montinho' de ganach, sem apertar mais a manga empurra com o próprio bico o montinho que acabou de fazer, apertando novamente a manga puxa o 'traçado' um pouco para o lado e faz novamente o 'montinho' e assim sucessivamente... Usando a mão que está livre para ir girando a base do bolo e assim prosseguir com o desenho.
Ufa! Lendo isso aqui parece SUPER complicado! Mas não é tão complicado assim... é só uma questão de prática... (Quem saiba quando eu tiver um tempinho livre eu faça um vídeo explicando como se utiliza o bico de confeiteiro...)
Bom depois que o bolo já esta decorado é só leva-lo para  a geladeira até a hora de servi-lo.
E fazer a faxina na cozinha rsrsrs

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ok, ok, ok. Estou super, mega, ultra em falta com o blog!
E não é porque não estou cozinhado... Tudo bem que não estou cozinhando muito... mas ainda o faço nas horas vagas... É porque estou sem um pingo de tempo de sentar a frente do computador e escrever. Até cozinho, fotografo, tudo da melhor maneira possível (e não da maneira almejada), mas escrever que é bom... uff...

Bem mas vou postar logo este bolo de aniversário que fiz para minha tia Malu antes que chegue o aniversário de meu esposo e tenha outro bolo para postar... e depois vem o meu.... o de minha mãe... Natal.... enfim festa é que não falta mais! E o pior de tudo é festas bem no meio do ano lectivo... =S
Para os brasileiros que estranharam vou explicar: Acontece que aqui na Europa o ano lectivo se inicia em Setembro e termina em Junho, tendo o curto período de "férias de inverno" no final de Dezembro...
Ou seja, tenho muita coisa para fazer, muito trabalho para entregar em meados de Dezembro/Janeiro, e mais uma porção de testes... Fora a vontade de fazer deliciosos bolos de aniversário, arrumar mega festas, fazer biscoitinhos de gemgibre para o Natal...
Enfim, os planos são muitos, o tempo é pouco, e eu estou aqui a enrolar!
Vamos ao que interessa:

Bolo de chocolate com Crocante e Avelã


Para este bolo de chocolate eu queria algo bem chocolico, então resolvi ir atrás de alguma receita da Naigella, e claro que fui buscar no blog da Diva Simone ,o recheio também foi inspirado em dois ganaches ensinados por ela.

Crocante
- 170g de macadâmias sem pele torrada (melhor se for Avelãs, mas não havia quando fui comprar...)
- 50g de Nozes
- 75g de Amêndoas com pele
- 5 colheres de sopa de açúcar mascavo
- 5 colheres de sopa de açúcar refinado
- 1 colher de sopa de wisky (pode ser outra bebida alcoólica destilada, sugiro conhaque)
-1 colher de sopa de manteiga

Pique os 'nuts' ou passem-nos levemente no processador, tomando cuidado para que não virem uma farofa! Em  uma frigideira anti-aderente coloque a manteiga e o açúcar, assim que a mistura começar a derreter acrescente os 'nuts' e o wisky. mecha até que o açúcar comece a queimar e toda a mistura esteja completamente envolta pelo lindo caramelo. Desligue a chama do fogão e coloque o crocante sobre uma folha de papel manteiga para que possa secar. Enquanto aguarda continue a fazer o bolo ;-)
Este crocante também deve ficar delicioso para comer com sorvete, só não esqueça que depois de seco tem-se que quebra-lo...

Bolo de Chocolate
400g de farinha
250g de açúcar refinado
100g de açúcar mascavo
50g de chocolate em pó (utilizei cacao em pó e me arrependi, pois o sabor ficou muito, muito, muito forte, quem sabe reduzindo a quantidade consiga um bom resultado, entretanto a cor não ficará tão intensa...)
2 colheres de sopa de fermento em pó
1 colher de sopa de bicarbonato de sódio
1/2 colher de sopa de sal
175g de manteiga sem sal, derretida e fria
125ml de óleo de milho (ou outro óleo vegetal)
300ml de água gelada
3 ovos
142ml de creme de leite (acabei por utilizar uma caixinha pequena de 200g)
Na receita havia também 1 colher (sopa) de extracto de baunilha, o qual não utilizei.

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Forre com papel manteiga  2 formas de 20 cm de diâmetro. Em um recipiente grande, misture a farinha, os açúcares, o chocolate, o fermento, o bicarbonato e o sal. Em outro recipiente, misture os ovos, o creme de leite e a baunilha (caso esteja usando). Com uma batedeira (ou varinha mágica), misture a manteiga derretida e o óleo até que se misturem, em seguida adicione a água e os ingredientes secos. Misture devagar. Adicione a mistura com os ovos, e misture novamente. Coloque nas formas untadas previamente. Cozinhe os bolos por cerca de 1h no forno a 180ºC e deixe que esfriem em suas formas por 15 min antes de desenforma-lo. Acabei por usar um pouco mais que meia receita para o bolo que fiz, em uma forma de 20cm de diâmetro, mas como era a primeira vez que estava a fazer esta receita... Sugiro para um bolo como este que fiz que faça dois terços da receita, ou para um bolo um pouquinho menor apenas metade da receita.

Ganache de Avelã com crocante
- 200g de chocolate ao leite
- 200g de creme de leite
- 200g de Nutella
- crocante previamente preparado.

Derreta o chocolate em potência média do microondas ou em banho-maria. Adicione o creme de leite e com o auxilio de um fouet misturem-nos até obter um creme homogéneo. Acrescente a Nutella e continue a misturar. Coloque o crocante em um saco plástico, feche o saco e bata no mesmo com uma colher-de-pau ou rolo de macarrão ou algo similar (só cuidado para não exagerar na força)  para 'quebra-lo', reserve uma pequena porção para decorar o bolo e acrescente o restante ao ganache. Reserve.


Ganache de Chocolate Amargo e Wisky
- 200g de chocolate escuro
- 200g de creme de leite
- 50ml de wisky


Derreta o chocolate em potência média do microondas ou em banho-maria. Adicione o creme de leite e com o auxilio do fouet misturem-nos bem até obter um creme homogéneo. Adicione aos poucos o wisky para que o ganache endureça um pouco, preste atenção pois a quantidade necessária pode ser inferior a 50ml. Reserve.

Montagem do bolo:
- 100ml de Guaraná 
- 25 ml de wisky

Misture o Guaraná com o Wisky para regar a massa.

Após o bolo já ter esfriado desenforme-o. Faça um corte ao meio, obtendo dois discos de massa. Posicione o primeiro disco (sugiro que seja o disco da parte de cima que geralmente fica levemente abaulado) no prato em que irá servir.  Regue abundantemente com a mistura já preparada. Coloque o Ganache de Avelã com Crocante e espalhe de maneira a ficar com espessura uniforme. Cubra com o outro disco de massa e regue-o abundantemente. Coloque o Ganache de Chocolate Amargo como cobertura. Com o auxílio de uma espátula espalhe de maneira uniforme a fim de formar uma capa espessa. Decore com a porção de crocante reservada e leve há geladeira, retire da geladeira cerca de 20min antes de servir.



domingo, 10 de outubro de 2010

Panquecas da Nigella



Quando vi pela primeira vez esta receita de panquecas no programa da Nigella achei super prática, pois ela passa a receita da parte seca, que podem ser acondicionadas em um pote fechado, e a proporção da parte molhada para cada xícara de parte seca. Ou seja, você pode ter sempre em sua despensa uma mistura de panquecas pronta e rapidamente prepará-las quando tiver vontade.
Outra coisa que achei o máximo é que esta panqueca fica fofinha, aerada e super levinha, uma delícia para comer com geleia ou apenas uma manteiguinha.

Mistura de Panqueca
- 600g de farinha de trigo
- 50g de fermento em pó
- 2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
- 1 colher de chá de sal
- 50g de açúcar

Esta parte não possui nenhum segredo: Misture muito bem todos os ingredientes e acondicione em um pote.

Panquecas:
- 150g da mistura de Panqueca
- 1 ovo
- 250ml de leite
-15g de manteiga

Em uma tigela adicione a mistura seca, logo em seguida o ovo e o leite. Derreta a manteiga e adicione na tigela. Com o auxilio de um fuet (caso não tenha um pode ser com uma colher mesmo, mas vai ser um pouquinho mais trabalhoso) misture tudo até obter uma massa homogénea, líquida e razoavelmente espessa.
Aqueça uma chapa antiaderente, ou mesmo uma frigideira antiaderente, e derrame pequenas quantias de massa. Você verá que a medida que a massa for "assando" bolhas irão se formar. Quando a massa já tiver dado uma leve corada nas bordas é porque já esta pronta para virá-la.
Sirva-as ainda morninhas.

Dica: Coloque no pote onde irá acondicionar a mistura de panquecas uma etiqueta contendo a maneira de preparação, assim você não precisará recorrer ao seu caderno de receitas toda vez que tiver vontade de preparar umas panquecas.







quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Cogumelos melos melos



Neste final de semana fui ao mercado fazer compras e na parte das verduras estava tendo uma 'feirinha' com diferentes variedades de cogumelos a venda. Alguns deles eu nunca havia ouvido falar, e outros são tidos como os meus campeões. Ao todo eram 12 variedades distintas, e eu queria morrer porque não havia levado a câmera fotográfica para registar tudo! Na busca de poder registar ao menos uma parte de tudo que vi, sai comprando pequenas quantidades de cada variedade (e quanto digo pequenas é pequenas mesmo) e por fim acabei por comprar no total 200g de cogumelos de 6 tipos diferentes.

Irei fazer uma legenda com o nome da variedade e o preço no qual eles se encontravam, então começando por cima no sentido horário...
Cogumelo Marrom, 5,99€ o kg
Cogumelo Nameco (este laranja), 19,99€ o kg
Cogumelo Shitake (os marronzinhos escuro), 11,99€ o kg
Cogumelo Pé Azul (este com o caule grande e levemente azulado... tive até um pouco de medo de come-lo....), 21,99 € o kg
Cogumelo Pleuroto (este que não tem a forma tradicional de cogumelo), 4,99€ o kg
Cogumelo Enoki (a fofura em miniatura), 19,99 € o kg    

Bom a questão era: O que irei fazer com estes cogumelos tão diferentes em tão poucas quantidades???
Não demorei muito tempo pensando... e logo resolvi fazer um Rizzotto de Cogumelos

Receita:
- 200g de cogumelos diversos
- 200g de arroz para rizzotto
-500 ml de vinho branco (já falamos sobre vinhos antes, eu compro uma caixinha de vinho de mesa que não é ruim e é bem barata, caso esteja em um lugar onde os vinhos não tenham uma qualidade muito alta compre um vinho branco seco)
- 100g de queijo ralado
- 1,2 ls de água
- 1 cubo de caldo de legumes
- 1/2 cubo de caldo de galinha
- 1 colher de chá de alho em pasta
- 50g de manteiga
- 3 colheres de sopa de azeite

Coloque em uma panela a água e os tabletes de caldo, e leve ao fogo para ferver. Pique os cogumelos e reserve. Leve outra panela ao fogo e adicione a manteiga e o azeite, que impedirá que a manteiga queime. Depois adicione o alho, refogue-o até ficar levemente dourado e acrescente os cogumelos. Refogue os cogumelos e quando estes já estiverem um pouco murchos adicione o arroz para rizzotto. Refogue-o bem, e quando estiver começando a grudar no fundo da panela, adicione metade do vinho branco. Meio litro de vinho parece ser muito, e realmente o é, mas como os cogumelos tem um sabor madeirado, até mesmo terroso,  bastante marcante a acidez do vinho irá ajudar para balancear este sabor. Depois que o arroz já tiver absorvido a quantia de vinho, verta a outra metade, lembrando-se sempre de não parar de mexer. Quando a segunda quantia de vinho já for absorvida começa-se a colocar o caldo, uma concha por vez, até o arroz estar completamente cozido e com a consistência de rizzotto. Desliga-se, portanto, o fogo e acrescenta as 100g de queijo ralado, tampa-se a panela e espera em torno de 5 minutos. O queijo trará outra dimensão de sabores ao rizzotto. Antes de servir revolva bem o rizzotto para misturar o queijo, e sirva logo em seguida.
Se quiseres sirva a mesa um recipiente com mais queijo ralado, para cada pessoa colocar por cima do rizzotto a quantia que queira.
Como sugestão de bebida indico um Vinho Verde, que é deliciosamente fresco e leve.  


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PEQUENA PAUSA

No momento me encontro submergida em livros e matérias como Química, Física, Tapeçaria, Cultura Visual, Geometria... E enfim uma porção de coisas que tem feito com que eu passe longe da cozinha, e coma comidas semi-prontas ou feitas por terceiros....
Mas logo voltarei a postar mais receitinhas! (nem que sejam de têmpera rsrsrs)

OBS: A moça da foto não sou eu, e as imagens foram tiradas da net

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Se for a Portugal não deixe de conferir:

 Pasteis de Belém

Ninguém deve, por hipótese alguma,  passar por Portugal e deixar de experimentar os tradicionais Pastéis de Belém.
O Pastel de Belém é fruto da pastelaria conventual e é tido como o original. Como variação deste existe os Pastéis de Nata, encontrados em praticamente todas as pastelarias do país. Ambos são compostos por uma base de massa folhada e um delicioso recheio cremoso, porém, enquanto o recheio dos Pastéis de Natas é composto por Natas, o recheio dos Pastéis de Belém é composto por gemas de ovos, o que garante um sabor único.Sua receita é guardada em absoluto segredo, apenas o mestre pasteleiro possui acesso. 
Um pouco de história:
Em 1837, em Belém, próximo ao Mosteiro dos Jerónimos, numa tentativa de subsistência, os clérigos do mosteiro puseram à venda numa loja precisamente uns pastéis de nata. Nessa época, a zona de Belém ficava longe da cidade de Lisboa e o seu acesso era assegurado por barcos a vapor. A presença do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém atraíam inúmeros turistas que depressa se habituaram aos pastéis de Belém.

Na sequência da revolução liberal de 1820, em 1834 o mosteiro fechou. O pasteleiro do convento decidiu vender a receita ao empresário português vindo do Brasil Domingos Rafael Alves, continuando até hoje na posse dos seus descendentes.

No início os pastéis foram postos à venda numa refinaria de açúcar situada próximo do Mosteiro dos Jerónimos. Em 1837 foram inauguradas as instalações num anexo, então transformado em pastelaria, a "A antiga confeitaria de Belém". Desde então, aqui se vem trabalhando ininterruptamente, confeccionando cerca de 15.000 pastéis por dia. A receita, transmitida e exclusivamente conhecida pelos mestres pasteleiros que os fabricam artesanalmente na Oficina do Segredo, mantém-se igual até aos dias de hoje. Tanto a receita original como o nome "Pastéis de Belém" estão patenteados.


O sabor dos Pastéis de Belém é extremamente delicado. É um doce suave, de textura acetinada,  nem um pouco enjoativo, e a massa folhada é sensacional! Extremamente fina e crocante. Combinam perfeitamente com o açúcar e a canela que encontram-se a disposição nas mesas.

Normalmente a Pastelaria de Belém encontra-se lotada de pessoas, mas vale a pena ter paciência e esperar alguns minutos na fila, e mais alguns minutos até ser atendido,  para poder saborear estas delícias. E aproveitando que já esta lá, não deixe de provar os Pastéis de Bacalhau, que apesar de não ser tão famosos, também são incríveis e deliciosos. Só não se assuste se estiverem frios! Aqui em Portugal não se há o habito de come-los quentinhos.    

Caso esteja um pouco longe... mas queira conhecer um pouco da Pastelaria de Belém, entre em seu site, que é muito interessante, extremamente bem feito, e é possivel ver um pouco do interior da Pastelaria como também da confecção dos Pastéis. E peço que enquanto navegas preste atenção ao canto inferior esquerdo da tela.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Omeletes



As aulas mal começaram e meus cardápios já estão bem 'universitários'. Mas mesmo preparando coisas simples e rápidas não gosto de abrir mão do sabor. Por isso preparei estas três omeletes que possuem recheios bem distintos e cada uma é temperada de um modo diferente.

Omelete de Shitaki 

- 100g de shitaki fresco
- 2 colheres de sopa de cebola picada em cubinhos
- 2 colheres de sopa de shoyu
- 1 colher de chá de manteiga
- 2 ovos
- 1/2 colher de chá de pimenta preta moída 
- sal q.b.

Em uma frigideira derreta a manteiga e doure as cebolas. Acrescente o shoyu e em seguida o shitaki e refogue-o junto a cebola, reserve. Em uma tigela bata os ovos com o sal e a pimenta. Acrescente o refogado de shitaki e cebola e faça 2 omeletes.


Omelete de Mortadela de Frango e Queijo

- 50g de mortadela de frango picada em cubinhos
- 50g de queijo flamengo picado em cubinhos (ou tirinhas)
- 2 ovos
- 1 colher de chá de orégano
- sal q.b.

Bata os ovos com o sal e o orégano, depois acrescente os cubinhos de frango e de queijo e faça 2 omeletes.

Omelete de Rúcula com Tomate Seco

- 3 tomates secos
- 4 azeitonas recheadas com pimento
- 1 punhado de rúcula
- 2 ovos
- 1 colher de chá de tomilho
- sal q.b.

Pique os tomates secos e as azeitonas. Bata os ovos com o tomilho e o sal. Misture os tomates secos picados e as azeitonas, derrame na frigideira para fazer a omelete e logo em seguida coloque a rúcula. Termine de preparar a omelete.











domingo, 19 de setembro de 2010

Sandes



Ao assistir o programa "Festas Deslumbrantes" da Nigella me inspirei e resolvi fazer uma pequena "festinha" aqui em casa para o lanche da noite. É claro que não queria fazer nada complicado, e muito menos demorado ou trabalhoso, então montei dois tipos de sanduíchinhos (ou sandes). E como sobremesa servi um bolinho comprado no mercado, mas que é uma delícia!

Sanduíche (sandes) com patê de Atum com Cenoura:
- 8 fatias de pão de forma integral
- 2 cenouras pequenas
- 1 lata de atum
- 3 colheres de sopa (bem cheias) de maionese
- 1 colher de chá de mostarda dijon
- 18 azeitonas recheadas com pimento
- 1 colher de sopa de azeite
- 1 colher de chá de tomilho

Para preparar o patê, dei uma de Nigella, reservei 8 azeitonas (e os pães, óbvio) e coloquei todo o resto no processador, bati até ficar com a consistência de patê, montei os sanduíches (sandes) e para servir, os cortei na diagonal, obtendo 8 pedaços e com o auxílio de palitinhos espetei uma azeitona e cada pedaço.
Se você não tem processador pode simplesmente ralar a cenoura e misturar junto aos outros ingredientes, o resultado também é muito bom.










Sanduíche (sandes) de Rúcula com Tomate Seco:
- 6 fatias de pão de forma integral
- 5 tomates secos conservados em óleo
- Rúcula q.b.
- 9 azeitonas recheadas com pimentos
- Maionese q.b.
- 3 fatias de queijo flamengo

Pique os tomates secos em pedaços pequenos e reserve. Pique as azeitonas fazendo rodelinhas e reserve. Passe a maionese de um dos lado de cada fatia de pão, e monte os sanduíches (sandes)colocando primeiramente um punhado de rúcula, um terço dos tomates secos, um terço das azeitonas e 1 fatia de queijo. Para servir cortei o pão ao meio em sentido longitudinal.








sábado, 18 de setembro de 2010

Sopinha de legumes


Os ventos de outono começam a soprar em terras lusitanas, e o friozinho vem chegando. E para começar a entrar no clima nada melhor do que uma bela sopa. Esta é uma receita bem simples de uma sopinha de legumes, com bastante cenouras como é de meu gosto.

- 3 batatas médias
- 5 cenouras pequenas
- 1 abobrinha
- 1 talo médio de alho poró (alho francês)
- 1/2 cebola grande
- 1 colher de chá de açúcar mascavo
- 5 colheres de sopa de azeite
- 1 colher de chá de tomilho
- 2 colheres de chá de ervas da provance
- 2 colheres de chá de colorau
- 1 cubo de caldo de legumes
- Sal e pimenta do reino q.b.
- 1,2 l de água

Corte às cenouras em rodelinhas, reserve. Corte as batatas e a abobrinha em cubinhos, reserve. Corte a cebola em cubinhos, reserve. Corte o alho poró (alho francês) em rodelinhas bem fininhas, reserve. Em uma panela (melhor que seja de pressão) deite o azeite, os temperos, e o açúcar - que além de dar uma coloração muito bonita à cebola, quando usado em pequenas quantidades realça o sabor - e refogue a cebola. Em seguida refogue o alho poró (alho francês) e depois os legumes. Deite a água, tampe a panela e cozinhe (se for na panela de pressão cozinhará de 15 à 20 min).
Como acompanhamento servi uma baguette recheada com um creme de manteiga e alho (que é uma delicia, mas pode ser substituída pelo tradicional pãozinho de alho) e queijo ralado.

Dica: Um método prático e rápido para tirar a pressão da panela é utilizar uma colher para levantar a válvula. Como mostra a foto.











sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Cachorrinho quente



Quem não se lembra da ansiedade de quando éramos crianças e tínhamos uma festinha de aniversário para ir? Sabíamos quem além de toda a diversão iríamos nos esbaldar em salgadinhos, docinhos e em um delicioso bolo. E um 'personagem' muito requerido para este tipo de ementa era o mini cachorro-quente. 
Inspirada nestas lembranças que um belo dia resolvi fazer um cachorro quente com o recheio daqueles mini cachorros-quentes. 

Molho:
- 1 vidro de salsichas
- 1 caixinha de extracto de tomate 
- 1 lata de milho
- 1/2 cebola picada em cubinhos
- 2 a 3 colheres de sopa de açúcar (de acordo com a acides do molho)
- 3 colheres de sopa de azeite
- 1/2 colher de chá de tomilho seco
- sal e pimenta preta q.b.

 Montagem:
- pão de leite (pode ser o mini, ou não)
- maionese q.b.
- mostarda q.b.
- batata palha (opcional)

 Retire as salsichas do vidro e corte-as em rodelinhas, reserve. Em uma panela deite o azeite, o sal, a pimenta, o tomilho, o açúcar, e refogue a cebola. Após a cebola estar refogada acrescente o milho já escorrido e refogue-o. Em seguida acrescente as salsichas, refogue mais um pouco, e logo em seguida acrescente o extracto de tomate. Mexa bem e acrescente a água para obter um molho (normalmente acrescento a medida da caixinha e mais 1/3 dela, mas isso irá várias de acordo com a consistência do extracto de tomate). Misture e prove para ver se falta algum tempero, caso falte crescente. Deixe o molho ferver e as salsichas cozinharem no molho. Quando estas estiverem com aspecto estufado é que já estão cozidas.
Para montar é muito simples, corte o pão ao meio e recheie com maionese, mostarda e o molho e, caso queira, batata palha.


Obs: Para a foto usei um pão parecido com o francês, mas que não tem ma casquinha tão crocante, entretanto não é tão macio quanto o pão de leite. E ficou uma delicia.

 




quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Jantar Comemorativo



A boa notícia é que minha transferência para a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa foi aprovada. E uma boa notícia como esta merece uma excelente comemoração! Para isso resolvi fazer o meu famoso Carneiro (Borrego) ao Vinho e para acompanhar um delicioso Rizzotto de Shitaki.

Carneiro (Borrego) ao Vinho

- 1,3kg de pá ou paleta de Carneiro (Borrego)
- 1 caixinha de 1l de vinho tinto de mesa (sim, aqui em Portugal há vinhos que são vendidos em embalagens Longavida como leite e comummente são utilizados na cozinha, caso esteja no Brasil, onde os vinhos infelizmente são de qualidade inferior, compre uma garrafa de vinho tinto seco, pode ser a mais barata, mas é essencial que seja seco!!!)
- 1 ramo farto de alecrim
- 3 colheres de sopa de azeite
- 1 dente de alho grande bem picado, ou uma colher de chá de pasta de alho
- 3 colheres de sopa de sal grosso

Sem sombra de dúvidas este é o melhor carneiro (borrego) que já comi. Ele fica extremamente macio, o sabor aromático do vinho com alecrim se impregnam em cada pedacinho dele e enquanto ele assa este aroma também é um deleite, perfuma toda a cozinha, a casa, a quadra... enfim é delicioso e o melhor de tudo é que o preparo é muito simples. Coloque o pedaço de carneiro (borrego) em uma assadeira que o acomode bem e que não seja muito rasa, lembre-se de colocar o pedaço com a capa de gordura voltada para cima. Faça muitos furos com uma faca afiada tentando ultrapassar todo o pedaço de carne. Salpique o sal grosso por cima, apenas na capa de gordura. Pique o alecrim com a mão e vá introduzindo pequenos ramos nos furos já feitos na carne, é como se estivesse plantando o alecrim. No final você deve apenas enxergar uma superfície cheia de  verdinhos. Salpique o alho por todo o pedaço, derrame o azeite também pela superfície e deite meio litro de vinho, reservando a outra parte para a confecção do rizzotto e também para regar o carneiro quando este estiver assando. Cubra a assadeira com papel alumínio e leve ao forno baixíssimo por cerca de duas a três horas. O importante nesta etapa é de tempos em tempos verificar a quanto andas o cozimento do carneiro, e caso esteja muito seco verter mais um pouco de vinho, para mantê-lo sempre húmido. Meia hora antes de retira-lo do forno, deve-se retirar o papel alumínio para que ele possa dourar.










Rizzotto de Shitaki

- 300g de Shitaki fresco
- 300g de arroz próprio para rizzotto
- 300ml de vinho tinto
- 100g de manteiga com sal
- 1/2 cubo de caldo de galinha
- 1/2 cubo de caldo de carne
- 1 cubo de caldo de legumes
- aproximadamente 1,5l de água


Lave o Shitaki e pique-o, o caule em rodelinhas finas e a cabecinha em filetes, reserve. Coloque a água para ferver com os 3 diferentes caldos, acredite em mim esta mistura é o que garantirá que você não precise acrescentar mais nenhum tempero. Espere ferver e abaixe o fogo para apenas mantê-la aquecida.
Em uma outra panela acrescente a manteiga e espere que ela derreta. Jogue o shitaki e o refogue até ele ficar um pouco mais escuro e dar uma leve murchada. Em seguida acrescente o arroz, mexa bem para que não grude e dê uma ligeira fritada. Acrescente o vinho e mexendo sempre espere ele ser completamente incorporado. Quando isto acontecer comece a acrescentar o caldo, uma concha por vez, e continue mexendo sempre. Quando o arroz já estiver bem molinho e o rizzotto já tiver com cara de rizzotto, ou seja todo o amido do arroz já tiver sido liberado, desligue o fogo, tampe a panela por alguns minutos, o suficiente para você levar o carneiro a mesa, e sirva.